O chefe do centro de pesquisa militar do Reino Unido que investigou o agente neurotóxico que envenenou um ex-espião no mês passado disse nesta terça-feira (3) que não foi possível provar que a substância tenha sido produzida na Rússia.
"Fomos capazes de identificá-lo como Novitchok e identificar que é um agente neurotóxico de grau militar", afirmou Gary Aitkenhead, executivo chefe do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa em Porton Down, na Inglaterra, ao canal Sky News.
"Não identificamos a fonte precisa, mas demos as informações científicas ao governo, que usou então um número de outras fontes para chegar às conclusões a que chegaram."
Leia também: O terrível e recorrente histórico dos assassinatos de dissidentes russos ao redor do mundo
Aitkenhead afirmou ainda que a substância requer "métodos extremamente sofisticados para ser criada, provavelmente apenas nas capacidades de um ator estatal". Mas descartou que tenha sido produzida por algum laboratório britânico.
O caso acabou se tornando uma crise diplomática no mundo ocidental. Em apoio ao Reino Unido, os EUA e vários países europeus expulsaram diplomatas russos. Moscou respondeu com reciprocidade às ações.