Xerife mostra mochila e material achados em arbustos no campo de golfe| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH
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A segurança do ex-presidente Donald Trump é “limitada” por ele não estar mais no comando da Casa Branca. A explicação foi dada pelo xerife de Palm Beach, Ric Bradshaw, em coletiva de imprensa com o FBI e Serviço Secreto neste domingo (15), após suposta segunda tentativa de assassinato ao candidato republicano, que concorre novamente à Presidência dos Estados Unidos.

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Segundo o xerife, a segurança de Trump ficou restrita ao clube e não na área pública ao redor da propriedade pelo fato do empresário não ser o presidente em exercício. “Se ele fosse [presidente], teríamos essa área de golfe toda coberta [incluindo a parte externa]. Mas como ele não é, a segurança é limitada ao Serviço Secreto. Na próxima vez, provavelmente, deverá ter mais pessoas ao redor da propriedade”, comentou. Mas, Bradshaw ressaltou que o Serviço Secreto fez uma excelente trabalho, “exatamente o que tinha que fazer”.

Se for confirmado que se trata de uma tentativa de matar Trump, esta será a segunda vez que o republicano sofre uma ataque contra a sua vida durante a campanha eleitoral. O FBI considera que o caso “parece ser uma tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump”. O candidato republicano, por sua vez, escreveu: “Nada vai me deter. Nunca vou desistir”, em recado aos apoiadores.

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Agentes do serviço secreto dispararam contra o suspeito que portava um fuzil de assalto Kalashnikov com luneta de precisão em um campo de golfe a 370 metros de onde o ex-presidente jogava. Ele fugiu em uma SUV e, depois, foi abordado em uma rodovia em direção ao condado de Martin, onde o xerife local fez a prisão do homem. Segundo a polícia, ele não resistiu nem esboçou reação ou surpresa.

Uma testemunha afirmou que viu um homem suspeito saindo da mata e entrando em um carro preto. Conforme os agentes, a testemunha chegou a fotografar o veículo e a imagem foi usada para localização do suspeito.

Falha na segurança de Trump resultou em saída da diretora do Serviço Secreto

Em julho, Trump teve sua orelha baleada durante um comício na Pensilvânia. A divisão de assuntos internos do Serviço Secreto ainda investiga como a segurança deixou o telhado próximo sem cobertura e um jovem de 20 anos conseguiu disparar oito tiros de lá.

Na sexta-feira, o senador democrata Richard Blumenthal (Connecticut), membro do Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA, disse que os americanos ficarão "chocados" e "horrorizados" com a divulgação do relatório provisório sobre a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump.

Em entrevista à Fox News, o parlamentar afirmou que o documento bipartidário, que deve vir a público na próxima semana, vai revelar falhas de segurança dos envolvidos na proteção do candidato republicano.

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Dez dias após o atentado na Pensilvânia, a então diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, pediu demissão por causa de falhas de segurança neste comício e depois de afirmar que a tentativa de assassinato foi a “maior falha operacional” da agência “em décadas”.

Uma reportagem do jornal Washington Post na semana passada, que ouviu dois altos funcionários do governo sob condição de anonimato, informou que os agentes nacionais e locais do Serviço Secreto “tinham uma estratégia alarmantemente desleixada para impedir que um atirador em potencial tivesse uma visão clara do candidato republicano à presidência no comício de 13 de julho em Butler [na Pensilvânia]”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]