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Eleição

Seis candidatos disputam a presidência síria com Assad

Explosão que destruiu bairros de Aleppo deixou 50 feridos | Hosam Katan/Reuters
Explosão que destruiu bairros de Aleppo deixou 50 feridos (Foto: Hosam Katan/Reuters)

O Parlamento da Síria confirmou ontem a inscrição de quatro candidatos para a eleição presidencial no país, chegando a seis o número de postulantes que devem tentar suceder o ditador Bashar al-Assad.

Assad, cuja família está no poder há 40 anos e controla o país há 12, ainda não apresentou sua candidatura. Dentre os quatro postulantes confirmados ontem, está uma mulher. Susan Omar al-Haddad é engenheira e natural de Latakia, no litoral sírio.

Além dela, foram inscritos o engenheiro Moham­med Firas Rayuh, o professor de direito internacional Samir Ahmed Meala e o assessor de organizações internacionais Abdelsalam Yusef Salma.

Já haviam se registrado o ex-ministro Hasan Abdallah al-Nuri e o deputado Maher Abdel Hafez Hayar, membro da oposição autorizada. Espera-se que os seis tentem derrotar Assad, que tenta o terceiro mandato.

Essa será a primeira eleição em décadas com grande número de candidatos. Porém, os postulantes devem ser sírios com pais nascidos na Síria, não devem ter antecedentes criminais e dupla nacionalidade, não podem estar casados com estrangeiros e devem estar morando a pelo menos dez anos consecutivos no país.

Todas essas exigências fazem com que os principais integrantes da oposição que combate contra o regime na guerra civil no país sejam inelegíveis. Por essa razão, eles não reconhecem o pleito, assim como Estados Unidos, França e Reino Unido, seus principais aliados.

O pleito não deverá dar fim à violência no país, que já deixou 150 mil mortos em mais de três anos. Ontem, pelo menos 24 pessoas morreram e 50 ficaram feridas em bombardeios de grupos rebeldes a bairros controlados pelo regime em Aleppo, no norte sírio.

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