O caso
Em 1.º de abril, o empresário Hirokazu Ota e sua secretária Sawako Takayama foram abordados por seqüestradores na Rodovia Internacional, a 185 quilômetros de Assunção, quando iriam para Ciudad del Este. O policial Rafael Ramos estranhou a movimentação na rodovia e ao tentar impedir o seqüestro também foi levado na companhia na noiva, Olegaria Gimenez.
Em 10 de abril, a secretária de Ota, Sawako Takayama, foi libertada próximo a um shopping em Assunção.
No dia da libertação de Takayama, a polícia e uma jornalista paraguaia receberam cartas supostamente assinadas pela professora Olegaria e pelo policial Rafael pedindo a suspensão de operações voltadas à solução do seqüestro.
Foz do Iguaçu A direção da Seita do Reverendo Moon no Paraguai afirmou ontem durante entrevista à imprensa, em Assunção, a pretensão de retomar negociações com os seqüestradores do empresário Hirokazu Ota, 62 anos, líder do grupo. Ota está em poder de uma quadrilha desde o dia 1.º de abril, quando desapareceu com a secretária, já libertada, e um casal.
O pedido para os seqüestradores restabelecerem o diálogo, cortado desde a semana passada, partiu do diretor da seita, Gerónimo Amarilla. Em nome grupo Moon, ele solicitou que a polícia e o Ministério Público se afastem do caso e afirmou ter, desde o último domingo, o dinheiro do resgate. Amarilla negou-se a informar o valor exigido pelos seqüestradores, mas sabe-se que seria em torno de US$ 350 mil.
O diretor da Seita ainda informou que o telefone usado para contato entre os seqüestradores e o negociador foi interceptado pela polícia sem a vontade do grupo Moon. Ele pede que os seqüestradores façam novo contato a fim de o caso ser solucionado e diz que a Seita Moon está agindo pensando na preservação da vida de Ota e do casal.
O comunicado de Amarilla foi feito no dia em que a Polícia Nacional começou a se mobilizar para uma operação nos estados de Caaguazú e Alto Paraná, fronteira com o Paraná, no Brasil, para capturar a quadrilha. Segundo a imprensa paraguaia, cerca de 240 homens estariam a postos para fazer uma varredura em vários locais, mas não se sabe se a operação, marcara para a madrugada de ontem, seguiria adiante depois do pronunciamento da Seita. A Polícia teria informações do envolvimento de sete pessoas no seqüestro.
Além do Ota estão nas mãos da quadrilha a professora Olegaria Gimenez e seu noivo, o policial Rafael Ramos, que tentou impedir o seqüestro e acabou sendo pego.
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