Berlim (EFE) O chanceler alemão, Gerhard Schröder, e a aspirante conservadora à Chancelaria, Angela Merkel, se reuniram ontem pela segunda vez na tentativa de chegar a um acordo sobre quem vai ocupar o posto, que define os rumos do país. No entanto, saíram do encontro novamente sem uma definição, deixando a Alemanha sob o suspense que já dura dez dias. Seus partidos saíram praticamente empatados das eleições parlamentares do dia 18 e agora travam uma batalha para comandar o país.
Os dois adversários evitam o confronto direto, alegando que estão a caminho de um acordo. No entanto, nem Schröder nem Merkel querem abrir mão da Chancelaria. Ele disse que ainda acredita numa coalizão que dure quatro anos e ela, que as negociações foram construtivas, sinalizando que haverá um acordo.
Seus respectivos lugar-tenentes na rodada de sondagens marcam as diferenças. Franz Müntefering, presidente do Partido Social-Democrata (SPD), insistiu em que negociações deveriam ser feitas de igual para igual, apesar da vantagem de 0,9% que Merkel teve nas eleições. Já o líder bávaro Edmund Stoiber afirmava que o SPD deve "respeitar as regras do jogo democrático" e que estas ditam que a primeira força parlamentar é quem deve assumir a liderança.
Ao contrário da primeira reunião em que só conversaram Schröder, Müntefering, Merkel e Stoiber, na de ontem participaram também, por parte do SPD, vários ministros, e do lado conservador, alguns chefes de governo regionais.
Os dois grandes partidos da Alemanha parecem dispostos a repetir a experiência da "grande coalizão", modelo que governou o país na segunda metade dos anos 60. A coalizão vem sendo forçada pelas circunstâncias, segundo os analistas.
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