Um porta-voz dos talibãs anunciou nesta quinta-feira (26) um novo prazo para o governo afegão aceitar as exigências do grupo terrorista em troca da libertação dos 22 reféns sul-coreanos: as 7h30 da manhã (4h30, pelo horário de Brasília) desta sexta-feira. Caso o governo do Afeganistão não cede às pressões, os talibãs ameaçam matar os reféns.

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Os terroristas exigiam a libertação em um primeiro momento de oito de seus combatentes prisioneiros mantidos no Afeganistão em troca de alguns reféns sul-coreanos em seu poder.

O presidente afegão, Hamid Karzai, assegurou que não permitirá trocas de prisioneiros por reféns, após a realizada em março para a libertação do jornalista italiano Daniele Mastrogiacomo.

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Os sul-coreanos estavam em missão humanitária no Afeganistão e foram seqüestrados na quinta-feira passada próximo a Qarabag, enquanto viajavam em um veículo particular entre Cabul e Kandahar (sul). Essa estrada é muito perigosa, já que atravessa áreas sob controle dos talibãs.

Execuação

O corpo de um refém sul-coreano executado pelos talibãs foi encontrado nesta quarta-feira (25) crivado de balas na província de Ghazni (ao sul de Cabul), região onde outros 22 sul-coreanos estão seqüestrados há uma semana, informou a polícia.

O corpo foi encontrado perto da localidade de Qarabagh e tinha dez impactos de bala, declarou o chefe da polícia de Ghazni, Alisha Ahmadzai.

Mais cedo, os talibãs haviam afirmado, sem dar maiores detalhes, que tinham matado a tiros um dos 23 reféns sul-coreanos no Afeganistão. A informação foi confirmada pelo chefe da delegação governamental afegã em Ghazni, Waheedulah Mujadedi.

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O grupo já havia ameaçado, por meio de um porta-voz, que mataria "alguns" dos 23 reféns que são mantidos em seu poder caso não fossem registrados progressos nas negociações.

"Demos uma lista de oito prisioneiros para uma troca, mas o governo de Cabul trata este assunto com indiferença", declarou Yusuf Ahmadi, porta-voz dos rebeldes.