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Sem açúcar e leite, sorveteria que entrou para o Guinness fecha as portas na Venezuela

Escassez de alimentos tem sido rotina entre os venezuelanos | RONALDO SCHEMIDT/AFP
Escassez de alimentos tem sido rotina entre os venezuelanos (Foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP)

A crise de abastecimento na Venezuela tem feito com que comércios fechem as portas e venezuelanos produzam itens essenciais em casa, como por exemplo pasta de dente e shampoo. Ao se deparar com a escassez e de produtos de primeira necessidade, foi a vez de Manuel da Silva de 86 fechar as portas de seu negócio. Ele é dono de uma sorveteria conhecida por entrar para o Guinness Book em 1991 - quando ofereceu 168 sabores aos clientes. Até encerrar as atividades, os clientes poderiam escolher entre 860 opções.

Inaugurada em 1981, a Coromoto é famosa por oferecer aos clientes sorvetes com sabores extravagantes – como feijão preto, pimenta, beterraba, tripa –, não comuns em outros lugares. O estabelecimento era i,a atração turística em Mérida. Com a crise, no entanto, o comerciante teve que recorrer ao mercado negro para poder continuar com as vendas.

Quando percebeu que faltava até leite e açúcar, Silva parou de fabricar sorvetes. Segundo ele, aumentar o preço do produto também era inviável para manter o negócio. Duas bolas de sorvete, por exemplo, custavam 5.000 bolívares.

Crise

A Venezuela vive uma crise econômica e política desde 2014, mas que se intensificou em abril deste ano. Sem abastecimento de alimentos, os venezuelanos procuram alternativas para sobreviver. Além disso, mais de 160 pessoas já morreram em conflitos envolvendo forças de segurança, apoiadores e opositores do governo de Maduro. 

As informações são da AFP.

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