O Irã afirmou nesta segunda-feira (30) que “cortará as mãos e os pés” de quem atacar o país, em uma aparente referência a Israel após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano nos subúrbios ao sul de Beirute, uma ação que garantiu que "não ficará sem resposta".
“Daremos uma resposta que será lamentável para aqueles que violam os nossos interesses nacionais e cortaremos as mãos e os pés do agressor”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, em uma coletiva de imprensa.
O diplomata fez estas declarações em resposta aos jornalistas sobre as possíveis reações de Teerã às mortes de Nasrallah e do general de brigada da Guarda Revolucionária iraniana, Abbas Nilforushan, na sexta-feira em Beirute.
Kanani disse que as ações de Israel “não ficarão sem resposta” e previu um “castigo” para Tel Aviv.
“O Irã não deixará sem resposta nenhuma das ações agressivas do regime sionista contra a República Islâmica, e este regime não ficará impune pelos crimes que cometeu contra o Irã”, declarou.
Ao mesmo tempo, insistiu que Teerã “tomará qualquer medida baseada no direito internacional”.
O diplomata também fez um apelo aos países islâmicos para que tomem medidas decisivas contra Israel, algo que o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, já havia feito há dois dias. “Os países islâmicos têm inúmeras capacidades para exercer pressão e punir este regime”, afirmou.
Após as mortes de Nasrallah e do general iraniano, Teerã emitiu uma mensagem mais cautelosa do que em outras ocasiões, sem alusões a respostas diretas. Em vez disso, tanto Khamenei como membros seniores da Guarda Revolucionária sugeriram que o Eixo da Resistência, aliança anti-Israel no Oriente Médio, é quem responderá a Tel Aviv
Integram o Eixo da Resistência o Hezbollah, Hamas, os rebeldes houthis do Iêmen e milícias islâmicas do Iraque.