Dentro do maior campo de refugiados palestinos dentro do Líbano, jovens desempregados e descontentes estão cada vez mais juntando-se a grupos islâmicos radicais que combatem na Síria. Para eles, isso dá às suas vidas um sentido de propósito.
O número crescente de jihadistas é evidente na rua da entrada do campo, com bandeiras de grupos ligados à Al-Qaeda que operam no Líbano ou na Síria. As paredes das casas da rua Tawareq têm marcas de disparos de armas de fogo e explosões de granadas, cicatrizes dos recentes combates entre militantes islâmicos e o Exército libanês.
Os jovens de Ain el-Hilweh, o campo mais radical do Líbano, em grande parte já desistiram de esperar por um Estado palestino para o qual possam retornar algum dia. Com o desemprego em cerca de 80% no campo de refugiados, alguns afirmam que uniram-se aos islamitas na tentativa de derrubar o regime sírio e assumir seu lugar.
O líder do Fatah que representa a Autoridade Palestina no campo, Munir el Makdah, diz que não tem poder para fazer com que os grupos extremistas com recursos parem de atrair os jovens palestinos. "No meu tempo, tratava-se de resistir a Israel, não dessas disputas religiosas", lamenta.