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Alternância de poder

Sem favorito, Colômbia decide futuro após o fim da era Uribe

Policial ao lado de propaganda do oposicionista Mockus. Candidatos têm propostas semelhantes para a segurança pública | Raul Arboleda/AFP
Policial ao lado de propaganda do oposicionista Mockus. Candidatos têm propostas semelhantes para a segurança pública (Foto: Raul Arboleda/AFP)
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Confira o índice de aprovação do governo Uribe

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Veja quem são os candidatos favoritos

Os eleitores colombianos votam, neste domingo, no primeiro turno das eleição presidencial. Co­­meçam a decidir, portanto, quem governará o país após Ál­­varo Uribe, no poder desde 2002. A disputa tem como favoritos Juan Ma­nuel Santos, ex-ministro da De­­fesa de Uribe, e Antanas Mo­­ckus, ex-prefeito de Bogotá.

Nas pesquisas iniciais, San­­tos aparecia folgado na primeira colocação, porém Mockus o al­­cançou, chegou a ultrapassá-lo e agora a maioria delas indica em­­pate técnico ou pequena vantagem para o governista. O ex-prefeito da capital, porém, aparece co­­mo levemente favorito para o segundo turno.

Para este domingo, a vantagem máxima alcançada pelo candidato de Uribe nas últimas pesquisas é de 5 pontos percentuais. "Se Santos conseguir uma boa diferença, isso pode facilitar a disputa para ele, inclusive na formação de coalizões", diz o professor de Ciência Política Luís Carlos Valencia, da Universidade Jave­­riana, de Bogotá.

Após o pleito, será também possível medir o nível de participação dos eleitores de cada um dos favoritos. Analistas apontam que as pesquisas são realizadas sobretudo nas grandes cidades, onde Mockus tem mais força, po­­rém talvez as sondagens não registrem todo o apoio ao governista Santos pelo interior do país.

Aproximações

Ex-ministro da Defesa de Uribe e membro do Partido da U, o mesmo do presidente, Santos deseja manter a política de segurança de­­mocrática do atual governo, com uma linha-dura contra as Farc. Nesse ponto, Antanas Mo­­ckus não difere muito dele, ga­­ran­­tin­­do que combaterá as Farc e rechaçando negociar com o grupo.

Filósofo e matemático de origem lituana, o membro do Partido Verde tem enfatizado a importância de se respeitar as leis, em um país famoso por escândalos políticos como o da parapolítica, que revelou vínculos entre vários de­­putados e paramilitares. O candidato tem ainda a vantagem de ter sido bem aprovado nas duas vezes em que foi prefeito de Bogotá.

O coronel reformado Luis Vil­­lamarín, hoje um analista do conflito interno colombiano, en­­tre outros temas, não vê diferenças nas plataformas dos dois candidatos. "Não há programas de governo, há mais diferenças de afinidades e circunstâncias", diz.

O economista Eber Gutiérrez Londoño, chefe do mestrado em Governo da Universidade de Me­­dellín, afirma que Santos tenderia a aumentar os gastos públicos. Já no caso de Mockus, uma grande dificuldade pela frente seria a relação com o Legislativo, pois o Partido Verde possui só quatro das 166 cadeiras na Câmara dos De­­putados.

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