Roma Três semanas depois de perder as eleições, Silvio Berlusconi renunciou ontem ao cargo de primeiro-ministro, abrindo o caminho para que Romano Prodi receba a incumbência de formar o novo governo italiano. O Cavaliere, que resistiu até o final a admitir a derrota, presidiu ontem sua última reunião de gabinete e depois foi ao Palácio presidencial de Quirinale para pôr seu cargo nas mãos do chefe do Estado, Carlo Azeglio Ciampi.
A Presidência da República informou da renúncia de Berlusconi em comunicado, e disse que Ciampi pediu que o líder conservador continue no cargo interinamente até a formação do novo Gabinete. Após a reunião com o presidente, o até ontem primeiro-ministro foi ao Parlamento para comunicar sua renúncia aos novos presidentes da Câmara dos Deputados, Fausto Bertinotti, e do Senado, Franco Marini.
Berlusconi evitou fazer declarações oficiais, e só nos corredores do Parlamento, em meio a uma multidão de jornalistas, dirigiu-se, sorridente, à correspondente do jornal de esquerda LUnità muito crítico para com seu Governo a quem disse: "Está contente, não?". "Sim, presidente", foi a resposta da claramente feliz repórter que, de qualquer forma, desejou-lhe sorte.
Na reunião anterior à renúncia, Berlusconi disse aos ministros que seu governo foi o melhor da história da República, e garantiu que os italianos "sentirão saudades" deles, afirmaram aos jornalistas fontes ligadas ao Gabinete.
O Cavaliere também disse que o centro-esquerdista Prodi, que tem uma pequena maioria no Senado, "não terá vida fácil", segundo as fontes. O líder da coalizão de centro-esquerda União ressaltou que a saída do primeiro-ministro era "parte do processo", e assinalou que agora se concentrará em "formar o governo nos prazos" determinados pelo presidente da República.
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