Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Blumenau sedia encontro econômico bilateral

Principal parceiro comercial da Alemanha na América Latina, união que só no último ano movimentou mais de US$ 12 bilhões, o Brasil, mais especificamente a cidade catarinense de Blumenau, sedia de 18 a 20 deste mês, o 25.º Encontro Econômico Brasil-Alemanha. O evento irá contar com a presença do ministro da Economia e Tecnologia alemão, Michael Glos, que inaugura a programação do evento ao lado do brasileiro Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Com o tema Cooperação Tecnológica e Inovação: Reforçando a Competitividade Internacional, o encontro espera atrair um público estimado de mil pessoas, entre representantes de áreas como indústria automobilística, logística, responsabilidade social, energia, tecnologia da informação, saúde e bem-estar e agronegócio. Mais informações sobre a programação podem ser obtidas site www.brasilalemanha2007.com

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Sarah, a primeira criança da nova Berlim

Berlim – Depois de saber da abertura das fronteiras no dia 9 de novembro de 1989, Maren Pitz, à época com 24 anos, foi para as ruas comemorar a liberdade, quando de repente começou a sentir as dores do parto. Não teve tempo de chegar à maternidade. O parto foi feito na rua, debaixo de uma árvore. O bebê, Sarah, foi parar nas primeiras paginas dos jornais, como a primeira criança nascida na nova Berlim.

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Uma história partilhada em família

Berlim – Poucas famílias têm um destino tão ligado à história da guerra, da divisão e da Reunificação da Alemanha quanto a de Laura Harmsen, uma das chamadas "crianças do Muro". Sua avó era comunista e foi prisioneira de um campo de concentração nazista. Seu avô era um funcionário do Ministério do Interior da RDA, cargo dado a integrantes que mais destaque obtinham no Partido Comunista.

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Berlim – Elas chegaram à maioridade junto com a nova Alemanha. Nasceram em 9 de novembro de 1989, o dia da queda do Muro de Berlim, uma data que mudou definitivamente os rumos políticos da Europa. Dezoito anos depois, a Alemanha é governada por uma mulher do Leste, Ângela Merkel, mas o país continua dividido.

Trata-se de uma linha divisória mental, que também reparte Berlim entre Leste e Oeste. Os 75 adolescentes (40 moças e 35 rapazes) que nasceram no dia da queda do Muro comemoraram juntos semana passada seu 18.º aniversário, numa festa que já criou tradição. Ela começou a ser realizada em 1990, quando os bebês completaram 1 ano, por iniciativa do comerciante Dietrich Pusch, que assumiu, por meio de uma associação, a função de padrinho das crianças. Esses adolescentes, que conhecem o Muro apenas através de filmes, parecem ter crescido ligados ao antigo sistema por ouvir dos pais frases como "nem tudo era ruim na RDA" (República Democrática Alemã, a Alemanha Oriental).

Em bairros tipicamente ocidentais de Berlim, como Zehlendorf ou Spandau, o "ossi" (gíria que vem de "ost", Leste, em alemão) sente-se como um estrangeiro. Já nos bairros tipicamente do Leste, como Hellersdorf ou Koepenick, são poucos os ocidentais que se aventuram.

Para Evelin Wittich, diretora da Fundação Rosa Luxemburgo, os problemas existentes hoje são resultado dos erros cometidos logo depois da queda do Muro, quando, segundo ela, os ocidentais chegaram ao leste "como os arrogantes melhoradores do mundo, destruindo empresas que eram boas e tinham capacidade de sobreviver no livre mercado".

Evelin, que tem 57 anos, diz-se hoje desiludida, embora não queira o Muro de volta. A fundação que dirige é ligada ao partido A Esquerda e tem ligações com o PT do Brasil, onde Evelin esteve no ano passado. A situação não é igual à brasileira, mas ela considera comparável.

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No lugar do muro de concreto, diz, surgiu a fronteira social, que faz as camadas mais pobres da sociedade, sobretudo no Leste, sentirem-se como perdedoras da reunificação alemã.

Um estudo realizado pelo Instituto Forsa nesta semana revela que 21% dos alemães estão tão insatisfeitos que são favoráveis à construção de um novo muro. Setenta e quatro por cento não querem um retrocesso histórico, mas um porcentual igual dos habitantes do Leste vê-se como "alemães de segunda classe".

Uma onda de "ostalgia", gíria que significa nostalgia do Leste, toma conta da Alemanha 18 anos depois da queda do Muro de Berlim. O Parlamento federal acaba de decidir pela construção de um memorial da unidade.