Os cubanos elegem neste domingo seus representantes municipais em todo país, em eleições sem candidatos de oposição e que marcam o início do processo de sucessão presidencial da ilha, previsto para ocorrer no ano que vem. Mais de oito milhões de eleitores foram convocados para a votação, marcada para um ano depois da morte de Fidel Castro, mas o voto não é obrigatório.
Os eleitores deve escolher 12 mil conselheiros, dentre os mais de 27 mil candidatos propostos por assembleias locais, nenhum deles membros da oposição. Dentre eles, sairão os candidatos para eleições provinciais e gerais, para as quais ainda não há data, mas que deverão ser realizadas no prazo de 90 dias. Os nomeados para fazer parte da Assembleia Nacional, por sua vez, elegerão o Conselho do Estado e o presidente.
Estas eleições são, portanto, o primeiro passo para o processo que deve terminar por volta de fevereiro do ano que vem, com a eleição do substituto de Raúl Castro, na primeira troca de geração do governo comunista cubano em quase 60 anos. O nome mais citado nessa esperada troca de governo é o do atual vice-presidente, Miguel Díaz-Canel.
Neste domingo, Díaz-Canel defendeu a “continuidade” da Revolução liderada por Che Guevara e mantida pela Família Castro. “Eu não vejo rupturas no nosso país, creio que tem de haver continuidade. Tem muitos jovens como delegados (conselheiros)”, disse, depois de votar. Questionado sobre a possibilidade de se tornar presidente de Cuba, ele evitou se pronunciar, mas disse que no futuro “haverá presidentes em Cuba sempre defendendo a Revolução e serão companheiros que sairão do povo, o povo os elegerá”, disse.
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