Os iranianos votaram nesta sexta-feira (2) para eleger os 290 deputados de um Parlamento que seguirá dominado pelos conservadores no poder, com a oposição rejeitando participar do processo para protestar contra a repressão.
Segundo a avaliação oficial divulgada na noite desta sexta-feira, a participação foi superior a 60%, dentro da margem tradicional de entre 50% e 70%. As eleições de 2008 tiveram participação de 55,4%.
O fechamento das urnas, previsto para às 18H00 local (11H30 Brasília), foi adiado várias vezes para permitir que todos votassem, e a eleição foi concluída apenas às 23h00 (16h30).
Os 48 milhões de eleitores convocados às urnas votaram em 3.400 candidatos, na primeira eleição em nível nacional desde a reeleição de Mahmud Ahmadinejad, que foi seguida por protestos da oposição contra fraude e por uma sangrenta repressão por parte do regime.
Os principais dirigentes e a imprensa oficial convocaram uma participação em massa, apresentada como uma resposta às ameaças militares israelenses e aos esforços dos ocidentais para estrangular o Irã através de sanções econômicas e financeiras.
Indo votar, a população "dará uma bofetada nas potências hegemônicas" e "mostrará sua determinação de resistir ao inimigo", afirmou o Guia Supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
A campanha oficial ignorou em geral as questões econômicas e sociais, apesar de uma inflação superior a 20% e de um desemprego estimado oficialmente em 12%.
A votação foi realizada em cerca de 47 mil urnas instaladas no país.
Os resultados serão divulgados em dois ou três dias, segundo o ministério do Interior.
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