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Protesto

Sem papel, trabalhadores da imprensa venezuelana saem às ruas

Os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "a imprensa na Venezuela agoniza" e "sem papel não há jornal" | REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "a imprensa na Venezuela agoniza" e "sem papel não há jornal" (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Trabalhadores da imprensa venezuelana, acompanhados por líderes da oposição, voltaram a marchar hoje pelas ruas de Caracas em defesa de seus empregos, que eles consideram em risco devido aos atrasos na entrega de moeda estrangeira pelo governo para a importação de papel-jornal.

Cerca de 200 trabalhadores de mídia caminharam sem incidentes da praça Venezuela até a sede do escritório do governo que gerencia as divisas. Desde 2003, há controle estatal do câmbio, e a importação de papel-jornal não é considerada "prioritária".

Os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "a imprensa na Venezuela agoniza" e "sem papel não há jornal", enquanto outros criticavam o governo de Nicolás Maduro, dizendo que uma dúzia de jornais têm tido a sua circulação e o seu número de páginas limitados devido à falta de papel.

Após uma primeira marcha em 28 de janeiro, sem que tenha havido uma solução para o problema, os trabalhadores advertiram ontem que as demissões poderiam começar a ocorrer.

"Estamos todos aqui impulsionados pelo medo de perder nossos empregos, nossa estabilidade econômica e a segurança de nossas famílias", disse a jornalista Maria Duran, do jornal "El Impulso", do Estado de Lara.

Hoje, o "Notidiario", do Estado de Delta Amacuro, no nordeste, deixou de circular por falta de papel.

"Após o trabalho de hoje, nos vemos obrigados, leia-se bem, obrigados, a nos despedir da edição impressa", publicou, em sua primeira página, o diário.É o sexto jornal regional a suspender a circulação.

Dia da juventude

Amanhã, quando se celebra o Dia da Juventude, estudantes farão uma passeata pelo centro de Caracas para reivindicar mais segurança no país.

Em assembleias na Universidade Católica de Táchira, eles também decidiram realizar ações pacíficas nas ruas pela libertação de quatro estudantes e de uma comerciante que foram detidos, na semana passada, durante protestos realizados em frente à residência oficial do governador.Na segunda-feira, em Mérida (leste), sede da Universidade de Los Andes, os protestos se intensificaram e oito estudantes foram detidos após choques com a polícia.

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