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Eleição

Sem surpresas, França terá 2.º turno entre Sarkozy e Ségolène

Paris – O candidato governista Nicolas Sarkozy e a socialista Ségolène Royal vão disputar o segundo turno da eleição presidencial na França, marcado para 6 de maio. Com 100% das urnas apuradas, sem contabilizar os votos do exterior, Sarkozy obteve 31,11%, seguido de Ségolène, com 25,84%.

Em terceiro, aparecia François Bayrou (centro-liberal), com 18,55%. O ultradireitista Jean-Marie Le Pen tinha 10,51% e Olivier Besancenot, de extrema esquerda, 4,11%. Os demais candidatos não chegavam a 3% cada.

Três candidatas de esquerda já pedem votos para Royal no segundo turno: Arlette Laguiller, da Luta Operária, a comunista Marie-George Buffet, e Dominique Voynet, do Partido Verde.

"Peço sem hesitar a todos os homens e mulheres de esquerda, a todas e todos os democratas que votem e façam votar no dia 6 maio em Ségolène Royal", declarou Buffet.

Segundo pesquisas, entre 11% e 17% dos eleitores franceses só decidiram ontem em quem votariam no primeiro turno das eleições.

A campanha foi dominada pela defesa de uma mudança no cenário político francês após 12 anos da liderança conservadora do presidente Jacques Chirac, que deixa um dos países mais ricos do mundo em meio a lutas por reforma econômica, geração de empregos e integração social.

Entre as principais questões que envolvem a corrida presidencial estão o desemprego, a imigração e a aspiração da França em se tornar a principal economia da Europa – posição disputada com a Alemanha e o Reino Unido –, que levou os franceses a votarem contra uma maior integração entre os países da União Européia (UE) em referendo realizado em 2005.

A imigração, uma das principais dificuldades enfrentadas pela França, levou a uma onda de violência nos subúrbios que durou três semanas em 2005.

Voto eletrônico

Polêmico desde o início, o voto através de urnas eletrônicas, utilizado ontem pela primeira vez na eleição presidencial do país, provocou problemas em vários colégios eleitorais, além de protestos e denúncias.

A principal disfunção ocorreu em Reims, no noroeste da França, onde um problema elétrico atrasou a abertura de alguns dos colégios equipados com as máquinas.

No total, 1,5 milhão dos 44,5 milhões de eleitores registrados no país deveriam usar a urna eletrônica ontem.

As urnas foram implantadas em 82 municípios com mais de 3.500 habitantes. Em vários deles, os problemas foram causados pelos protestos da população, que desconfia das máquinas.

O conselheiro regional de Ile-de-France, Daniel Guérin, do Movimento Republicano Cidadão (MRC), anunciou que pediu ao Conselho Constitucional que investigue supostas disfunções nas vistorias feitas nas urnas eletrônicas de Villeneuve-le-Roi, perto de Paris.

Bombas

A calma geral que precedeu a eleição foi interrompida durante a madrugada de sábado para domingo na ilha francesa de Córsega. Na cidade de Bastia, duas bombas explodiram depois de confrontos durante uma demonstração separatista na ilha nos quais cinco policiais ficaram feridos. As bombas deixaram um pedestre ferido.

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