A Meta, empresa detentora do Facebook, demitiu mais de 11 mil pessoas nesta quarta-feira (9), reduzindo em 13% seu quadro de funcionários. Entre os motivos apontados pela Big Tech para o que é considerada a queda mais dramática de sua história estão o aumento da concorrência e a impossibilidade de sustentar as receitas no pós-pandemia.
Nesta manhã, o CEO Mark Zuckerberg falou com os funcionários, via e-mail: “Quero assumir a responsabilidade por essas decisões e pela forma como chegamos aqui". Segundo ele, o crescimento das receitas registrado durante a pandemia não pôde ser sustentado, diante de um ambiente de desaceleração econômica, com queda no comércio eletrônico e nos anúncios digitais. “[Esses fatores] fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava. Eu entendi errado e assumo a responsabilidade por isso”, lamentou.
A medida afetou todas as equipes da empresa, que também deve fechar alguns escritórios, segundo o jornal Financial Times. Outras reduções de custos e de benefícios para a equipe fazem parte do pacote.
No final de outubro, investidores eliminaram mais US$ 89 bilhões da capitalização de mercado da companhia, depois que Zuckerberg não conseguiu convencê-los de sua aposta na construção de um metaverso, que não deve ser lucrativo por muitos anos.
A Meta também disse que enfrenta concorrência de rivais, como o TikTok, e que teve dificuldade de segmentar publicidade após as mudanças na política de privacidade da Apple.
O preço das ações da empresa caiu 71,5% desde o início do ano. De acordo com o Financial Times, as ações da Meta subiram 3% nas negociações pré-mercado nesta quarta-feira, após as demissões.
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