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O alpinista brasileiro Rosier Alexandre, de 46 anos, foi resgatado ontem no campo 1 do Everest, a 5,9 mil metros de altura. Ele estava desaparecido desde sábado, quando o terremoto atingiu o Nepal, e conseguiu descer do campo 2, a 6,4 mil metros.

O brasileiro ficou retido no campo 2 durante três dias após o acampamento ser atingido por uma avalanche causada pelo terremoto que matou a médica da expedição. O filho do alpinista, Davi Saraiva, de 22 anos, também foi resgatado depois que outro deslizamento atingiu o acampamento base do Everest. Ambos passam bem.

Os 20 turistas brasileiros (a maioria deles paranaenses) que faziam uma trilha no Nepal estão em segurança no país, mas ainda não sabem quando poderão voltar ao Brasil, segundo Gianna Wanke, irmã de Ana Wanke, que coordenava a expedição. Ela tem conversado frequentemente com a irmã via mensagens pela internet.

Os brasileiros percorriam uma trilha de 130 quilômetros na região de Pokhara (200 quilômetros distante da capital Katmandu) quando sentiram os tremores no sábado. Logo se dirigiram para a cidade, onde chegaram no domingo e conseguiram se abrigar em um hotel.

Por uma rede social, Ana Wanke tranquilizou amigos e familiares. “Aqui está tudo bem, sem devastação, com água e comida abundantes. Conseguimos orientação do Ministério de Relações Exteriores para ficarmos aqui por pelo menos mais dois dias”, escreveu na sua página pessoal no Facebook.

No entanto, a volta para o Brasil continua indefinida. “Avisaram que eles precisam ficar pelo menos dois dias em Pokhara, porque a situação em Katmandu [cidade da qual retornariam para o Brasil] é crítica”, diz Gianna. “Só que eles precisam de apoio e não há muitas informações sobre o que fazer. Minha irmã contou que foi difícil contatar a embaixada”, completa.

“Foram horas de angústia’, disse a turismóloga Danúbia Pereira, 34, mulher do alpinista brasileiro Rosier Alexandre, 46, que estava no monte Everest no momento do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal.

Alexandre foi resgatado nesta segunda-feira (27) no campo 1 do Everest, a 5.900 metros de altitude, horas depois de conseguir descer do campo 2, a 6.400 metros.

O brasileiro ficou retido no campo 2 durante três dias após o acampamento ser atingido por uma avalanche causada pelo terremoto que matou a médica da expedição.

O filho do alpinista, Davi Saraiva, 22, também foi resgatado depois que outro deslizamento atingiu o acampamento base do Everest. Ambos passam bem.

Danúbia conta que ficou apreensiva durante todo o fim de semana à espera de notícias do marido e do enteado.

“Conversei com Rosier logo após o tremor, no sábado pela manhã. Depois, eu fiquei sem saber notícias até hoje [segunda] pela manhã, quando ele ligou”, disse ela.

Segundo Danúbia, pai e filho estão em um vilarejo da região, Gorak Shep, onde devem permanecer até que possam deixar o país. O alpinista relatou que o campo base do Everest parecia um cenário de guerra.

A turismóloga contou ainda que a mãe de Davi, Lianeide Souto, também estava aflita. “Nós passamos os dias orando, já que as notícias eram muito desencontradas e não conseguíamos falar com eles”, disse Danúbia.

O terremoto provocou a suspensão da última etapa do Projeto Sete Cumes, de escalada dos maiores picos de cada continente. Em sua página no Facebook, Alexandre lamentou a morte da médica americana Eve Girawong, atingida pela avalanche.

“Ela era muito amada e uma grande adição à nossa equipe. Sentiremos sua falta”, escreveu o alpinista.

Localizados

Até ontem, 96 brasileiros que estavam no Nepal durante o terremoto foram localizados pelo Ministério das Relações Exteriores. Segundo o Itamaraty, não há registro de brasileiros mortos nem gravemente feridos. O ministério deslocou funcionários da embaixada brasileira em Nova Déli (Índia) e montou um centro de atendimento no aeroporto de Katmandu.

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