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Feriado sem transporte

Sem trégua: Natal na França tem serviços afetados por greve

Plano de revisar o sistema de aposentadorias na França foi alvo de protesto de músicos em Paris, no dia 24 de dezembro. (Foto: STEPHANE DE SAKUTIN/AFP)

Sem pausa nos protestos e paralisações por causa do Natal, turistas e moradores têm dificuldade de se locomover por cidades da França enquanto governo e sindicatos trocam acusações sobre a responsabilidade pelo caos durante as festividades de fim de ano.

A greve nos transportes continuou ontem, véspera de Natal, com os ferroviários determinados a manter sua mobilização contra a reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron. Foi o 20º dia de greve e apenas 40% dos trens de alta velocidade (TGV) circularam no país, segundo a SNCF, operadora ferroviária. O tráfego foi reduzido ainda mais na parte da tarde, com o fechamento total das linhas de trens suburbanos parisienses, que só devem ser reabertas hoje, segundo a SNCF. Em Paris, apenas duas linhas automatizadas do metrô funcionaram normalmente e várias estavam completamente fechadas.

A grande dúvida com a continuidade das ações durante as duas semanas de Natal e ano-novo é se os sindicatos continuarão a ter o apoio popular que têm atualmente. No início do movimento, a adesão foi maior, mas ainda hoje é grande. A greve já causou uma perda de 400 milhões de euros para a SNCF, segundo informou seu presidente Jean Pierre Farandou. Os comerciantes parisienses registraram nas últimas semanas queda de 25% a 30% em suas vendas em relação a igual período do ano passado, de acordo com a Federação de Comércio Especializado. O Conselho de Comércio da França (CdCF) apresentou o dado de 20% de queda. Entre as empresas mais afetadas estão as perfumarias, lojas de brinquedos e de chocolates.

O projeto de reforma de Macron quer substituir os 42 sistemas de pensão existentes - alguns dos quais permitem que determinadas categorias, principalmente maquinistas, aposentem-se antes - por um "sistema universal" por pontos. Também inclui uma forte incitação a se trabalhar até os 64 anos, em vez dos 62 de idade "legal" para a aposentadoria

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