Sem conseguir um novo visto de permanência no Equador, a acadêmica e jornalista brasileira Manuela Lavinas Picq, 38, vai voltar ao Brasil neste sábado (22).
Manuela foi detida no último dia 13, em Quito, durante uma manifestação contrária ao governo do presidente Rafael Correa. Imagens divulgadas na internet mostram que a brasileira foi agredida por policiais.
Companheira do líder do movimento indígena Ecuarunari, Carlos Pérez Guartambel, um dos organizadores dos protestos contra Correa, ela ficou detida por quatro dias e foi ameaçada de deportação.
Na última segunda (17), a Justiça do Equador decidiu liberar Manuela, mas o Ministério do Interior do Equador não lhe entregou um novo visto. Sem a autorização, Manuela poderia ser deportada a qualquer momento.
A jornalista tentou uma medida cautelar de defesa, mas o pedido foi negado nesta quinta (20). Com isso, segundo a família da brasileira, Manuela deverá retornar ao Brasil na manhã deste sábado.
“O governo do presidente Correa alega ter o poder discricionário de emitir, anular ou suprimir vistos sem ter de dar explicações, o que é contrário à Constituição daquele país, que, como a nossa, prevê que toda decisão jurídica ou administrativa seja devidamente fundamentada, sob pena de nulidade”, afirmou a mãe de Manuela, a economista Lena Lavinas, em nota, nesta sexta (21).
“Foi um ato claramente de repressão e perseguição política por ser Manuela a companheira de Carlos Guartambel e por denunciar a deriva autoritária do regime de Rafael Correa.”
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