O Comitê do Judiciário do Senado americano consolidou na segunda-feira um projeto de lei que cria o programa de trabalhador temporário e dá aos trabalhadores a possibilidade de tentar obter status legal sem ter de voltar para o país de origem.
O projeto foi aprovado com divisão entre os republicanos. Quatro dos dez senadores do partido do presidente George W. Bush votaram a favor do projeto, que foi aprovado por 12 a 6, com todo o apoio dos oito democratas do comitê, segundo relata a CNN.
O debate para votação se inicia hoje. O projeto do comitê tanto pode ser aprovado na íntegra, quanto emendado, quanto desmantelado.
O ponto que será possivelmente mais polêmico será o da legalização dos ilegais que já estão no país, o que muitos republicanos acham que se trata de uma anistia. Bush é contra ela. O que ele apóia é o programa de trabalho temporário, necessário para a economia americana ter os braços nos postos que os americanos não querem mais.
O projeto aprovado pelos deputados é mais duro que este que os senadores vão discutir a partir de hoje. Republicanos acham que, se o projeto do comitê passar, outos 20 milhões de imigrantes vão se juntar aos atuais 12 milhões. No projeto da Câmara, seria contruído o muro na fronteira com o México.
Pela emenda do senador Ted Kennedy, que tem o apoio do republicano John McCain, cria o processo de legalização. Os imigrantes ilegais teriam de esperar seis anos, pagar US$ 2 mil em multas e impostos devidos, retroativos, serem submetidos a um exame de folha corrida e aprender inglês. A emenda foi aprovada.
Duas emendas democratas evitam que grupos e indivíduos que prestam ajuda humanitária não sejam processados criminalmente quando assistem imigrantes ilegais e permitem que 1,5 milhão de trabalhadores do setor agrícola fiquem no país por até cinco anos.
