Deverá ser votado nesta quinta-feira o projeto de lei sobre imigração no Senado americano, depois de duas semanas de debate intenso e votação de emendas. Na quarta-feira, os senadores chegaram a um acordo para não mais debaterem emendas.
Conforme o acordo fechado para o projeto, os imigrantes que vivem nos Estados Unidos há mais de cinco anos - cerca de sete milhões de pessoas, segundo observa o "New York Times" desta quinta - poderão obter cidadania se continuarem empregados, forem aprovados no levantamento de sua folha corrida, pagarem multas e impostos retroativos e se matricularem em cursos de inglês.
Aqueles que estão vivendo nos Estados Unidos ilegalmente há mais de dois e há menos de cinco anos - cerca de três milhões de pessoas - vão ter de sair do país, receber um visto temporário de trabalho, antes de poderem retornar como trabalhadores convidados. Com o tempo, lhes serão dadas oportunidades para pedir visto de residência permanente e, no fim do processo, cidadania.
E os que estão no país há menos de dois anos - cerca de um milhão - terão de sair do país e, nos seus países de origem, se inscrever no programa de trabalho temporário, sem garantia, porém, de obtenção de um visto.
O número de trabalhadores admitidos a serem anualmente vai cair de 320 mil para 200 mil, segundo o texto.
O projeto exige também que empregadores se valham de um novo sistema de checagem do status dos potenciais funcionários. Eles serão multados se contratarem imigrantes ilegais. O governo vai ajudar, criando documentos mais difíceis de serem falsificados.
O "New York Times" nota que os conservadores do Senado saíram satisfeitos com o aspecto policial do projeto, graças à construção de nova cerca na fronteira com o México. No lado simbólico, o projeto torna o inglês a língua oficial do país.
Além da votação de hoje, o projeto do Senado vai ter de ser discutido com a lei aprovada na Câmara. Esta só cuida do aspecto repressivo do problema da imigração.
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