Washington Em um incomum repúdio a um presidente em tempos de guerra e numa clara demonstração de que os apelos por unidade de George W. Bush - feitos na véspera no discurso sobre o Estado da União -, a Comissão de Relações Exteriores do Senado declarou o plano da Casa Branca de enviar mais soldados ao Iraque como "contrário aos interesses nacionais". A comissão é dominada pela oposição democrata, mas a moção, aprovada por 12 votos a favor e 9 contra, contou com o apoio do senador republicano Chuck Hagel.
Embora o Congresso não tenha competência para impedir que o Executivo envie mais soldados para a guerra, a resolução indica claramente que o discurso da véspera de Bush não seduziu nem os democratas e - num sinal ainda mais preocupante para a Casa Branca - nem alguns republicanos que passaram a questionar com mais veemência a estratégia americana para a guerra.
"Valeria mais que soubéssemos o que estamos fazendo, antes de enviar outros 22 mil cidadãos americanos para essa trituradora (a guerra no Iraque)", declarou Hagel, veterano da Guerra do Vietnã. "Não estou seguro de que o plano de Bush vá ter êxito", disse outro senador republicano, Richard Lugar.
No discurso de terça-feira, ante um Congresso desafiante, Bush insistiu na necessidade de ampliar o número de soldados no Iraque, sob a alegação de que uma derrota no país do Golfo Pérsico teria "conseqüências graves e de longo alcance" para os interesses dos EUA. "Nosso país está comprometido com uma nova estratégia no Iraque e peço que dêem aos soldados a oportunidade de fazer com que isso funcione", discursou Bush.
Latinos
Em todo o discurso, de 50 minutos, uma chamada em favor da democracia em Cuba além de Mianmá e Bielo-Rússia foi a única menção feita por Bush à América Latina. Segundo os analistas , a falta de referência aos países do continente confirma que a região não está entre as atuais prioridades da Casa Branca.
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