O projeto da reforma previdenciária foi aprovado nesta quinta-feira (16) pelo Senado da França com uma margem cômoda, graças à ampla maioria entre parlamentares liberais e conservadores.
O controverso texto, que aumenta a idade mínima de aposentadoria dos atuais 62 para 64 anos, recebeu 193 votos a favor e 114 contrários. Além disso, 38 senadores se abstiveram da sessão.
Presente na sede do Senado, o ministro do Trabalho da França, Olivier Dussopt, mostrou "satisfação" pelo resultado da votação e defendeu que a reforma apresentada responde à "necessidade" de reestabelecer o "equilíbrio financeiro" do sistema público.
O texto será debatido ainda hoje, a partir de 11h (de Brasília) entre os deputados na Assembleia Nacional, onde a maioria não está clara para a aprovação ou rejeição.
Antes disso, o presidente da França, Emmanuel Macron, teria uma reunião com os líderes dos blocos parlamentares favoráveis à reforma.
Por sua vez, Jean-Luc Mélenchon, que encabeça o movimento de esquerda França Insubmissa fez um apelo aos deputados para que corrijam "essa negação da democracia".
O líder oposicionista destacou que o texto tem rejeição da população, pois, segundo as pesquisas, 68% dos franceses são contra o projeto.
Ainda antes da votação de hoje entre os deputados, os líderes dos principais sindicatos franceses já tinham entrado em acordo para realizar concentração diante da sede da Assembleia Nacional.
O secretário-geral do principal sindicato da França, CFDT, Laurent Berger, a aprovação da reforma pode criar um "ressentimento" na classe trabalhadora, que poderia ser explorado pela direita, liderada por Marine Le Pen.
Enquanto os legisladores protagonizam votações cruciais, seguem as greves em diversos setores, como ferroviário, energia, refinarias.
Cerca de 28% dos voos do aeroporto de Orly, em Paris, foram cancelados por causa de paralisação entre os controladores.
Nas ruas de Paris, por sua vez, milhares de toneladas de lixo estão espalhadas, devido greve dos profissionais de limpeza urbana que já dura dez dias.
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