O Senado do estado de Nova York anunciou no Twitter ter aprovado nesta terça-feira (15), por uma margem de 43 contra 18, uma nova legislação com as medidas mais restritivas em relação à posse de armas nos Estados Unidos. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, elogiou a votação do Senado - que se opôs a medidas semelhantes em anos anteriores. A câmara baixa - liderada por democratas - pode aprovar o projeto ainda nesta terça-feira.

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Segundo o jornal "Washington Post", o presidente Barack Obama vai apresentar nesta quarta-feira (16) um conjunto de medidas para regular a posse de armas. O líder democrata vai explicar as mudanças que serão adotadas por sua Administração sem contar com a aprovação do Congresso. O presidente deve anunciar 19 ações que o Executivo tomará por conta própria para tentar coibir a violência armada.

A medida aprovada pelo Senado, denominada Lei de Segurança contra as Armas e Munições de Nova York (NY SAFE), faz várias emendas em uma lei estatal anterior contra as armas, limitando ainda mais o porte de fuzis de guerra e o tamanho dos pentes a sete balas, no lugar das dez atuais.

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Na segunda-feira (14), Cuomo e os líderes da Assembleia Legislativa chegaram a um acordo preliminar para promulgar o que seria a primeira medida de controle de armas de fogo do país desde o massacre na escola de Newtown, onde um tiroteio levou à morte de vinte crianças e seis adultos em dezembro.

A proposta também reformaria uma lei sobre a saúde mental, que permite o confinamento civil de pessoas consideradas uma ameaça para a população. O senador Jeffrey Klein, que criou a lei com apoio bipartidário, elogiou o líder republicano no Senado, Dean Skelos.

"A iniciativa está bem equilibrada: protege a Segunda Emenda e e não há confiscação de armas, um dos pontos mais polêmicos", disse Skelos. "A proposta é dirigida contra aqueles que trazem armas ilegais ao estado, contra aqueles que matam gente na cidade de Nova York. Vamos colocar pessoas na prisão e manter ali quem não deve andar nas ruas".

Na segunda-feira, o presidente americano se reuniu com seu vice, Joe Biden, que prometeu entregar até hoje um pacote de medidas para aumentar o controle sobre a venda de armas e munições no país. Algumas das propostas que Biden deve colocar em prática incluem uma revisão de antecedentes universal dos compradores de armas, além da redução do número de balas dos carregadores e da proibição das armas de grosso calibre. A Casa Branca sabe, no entanto, que as duas últimas iniciativas supões uma oposição frontal a grupos como a Associação Nacional de Rifles (NRA, em inglês) e de parte dos congressistas de Washington.

"A questão não é se acreditamos ou não na Segunda Emenda (que garante a posse e o direito de portar armas), mas como uma pessoa pode entrar em uma escola infantil e matar 27 pessoas", disse o presidente em uma coletiva de imprensa na segunda-feira. "O problema é que qualquer medida é interpretada como se fôssemos tirar as armas dos cidadãos.

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O esforço do governo americano para tentar frear a violência armada veio após o tiroteio em uma escola em Newtown, Connecticut, em dezembro passado, que levou à morte de 20 crianças e seis adultos.