Após a maior entidade empresarial e a maior federação do trabalho dos Estados Unidos entrarem em acordo sobre um programa de trabalho para estrangeiros, o grupo bipartidário de senadores que discute a reforma do sistema de imigração do país resolveu todas as principais questões do projeto.
O grupo parlamentar deve apresentar o projeto na primeira quinzena de abril, após o Congresso voltar de um recesso de duas semanas devido à Páscoa.
Os políticos disseram que ainda não há um acordo final, no entanto, porque é preciso colocar os termos em linguagem legislativa para que os oito senadores do grupo bipartidário possam revê-lo.
A Câmara de Comércio dos EUA, o maior grupo empresarial do país, e a AFL-CIO, a maior federação do trabalho, chegaram a um acordo na sexta-feira e abriram caminho para a elaboração do projeto de lei completo.
Ele vai incluir a possibilidade de cerca de 11 milhões de imigrantes que não têm documentos ganhem a cidadania americana, o reforço da segurança nas fronteiras e formas de atender a necessidade tanto dos trabalhadores altamente qualificados quanto dos não qualificados.
"Com o acordo entre as empresas e o trabalho, a maior questão política foi resolvida", disse o senador Charles Schumer, democrata de Nova York e um dos líderes do grupo, que tem quatro democratas e quatro republicanos.
O senador republicano Jeff Flake, do Arizona, outro membro do grupo, também apareceu no programa e disse que os políticos estão comprometidos com o projeto. "Estamos comprometidos com isso se pudermos obter a linguagem correta."
"Eu acho que nós temos um acordo", disse o senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, um outro membro do grupo. "Há alguns detalhes ainda", disse ele à CNN. "Mas conceitualmente temos um acordo entre as empresas e o trabalho."
Graham expressou confiança de que o projeto de lei acabaria por ser aprovado pelo Senado, liderado pelos democratas, e na Câmara dos Deputados, liderada pelo republicanos.