O Senado dos Estados Unidos confirmou ontem Leon Panetta como diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, nas iniciais em inglês). Dessa forma, o comando da espionagem do país estará a cargo de um veterano de governo, valorizado mais por sua habilidade como congressista e administrador que como especialista em inteligência.

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O Senado aprovou o nome indicado pelo presidente Barack Obama em uma votação oral. Na quarta-feira, o Comitê de Inteligência do Senado enviou a nomeação de Panetta para o pleno da Casa, sem oposição.

Durante as audiências de confirmação no Senado, Panetta disse aos senadores que não indiciará os funcionários da CIA envolvidos em interrogatórios duros, considerados torturas por alguns, desde que não tenham se desviado de suas atribuições. Porém não indicou se buscará acusar os que autorizaram esse tipo de conduta. Panetta disse que o governo Obama continuará transferindo detidos estrangeiros para outros países, para que sejam interrogados, mas somente se as autoridades norte-americanas tiverem certeza de que os presos não serão torturados. Algumas pessoas reclamaram de torturas após o governo de George W. Bush os transferirem para outras nações.

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"Podemos proteger esse país, podemos obter a informação de que necessitamos, podemos proporcionar segurança ao povo norte-americano e podemos nos apegar à lei", disse Panetta aos senadores. Panetta, de 70 anos, trabalhou no governo e exerceu a advocacia antes de ocupar a Câmara dos Representantes, entre 1977 e 1993. Deixou o Congresso para se unir ao governo do presidente Bill Clinton como diretor do Escritório de Administração e Orçamento. Entre 1994 e janeiro de 1997, ele foi chefe de gabinete de Clinton.