Washington - O Senado americano confirmou ontem, por 90 votos a 6, a decisão de não liberar US$ 80 milhões para o fechamento do campo de prisioneiros na base militar de Guantánamo (Cuba).

CARREGANDO :)

O veto havia sido anunciado ontem por senadores democratas, que condicionaram a aprovação da medida à divulgação de um plano detalhado sobre o destino dos detentos. Também foi aprovada proibição do uso de fundos para transportar os detentos de Guantánamo para solo norte-americano até 30 de setembro.

Segundo a Casa Branca, isso não prejudica o cumprimento da promessa, feita pelo presidente Barack Obama, de fechar a prisão até janeiro de 2010. Ele tem previsto para hoje um discurso detalhando o encerramento das atividades na prisão. Entretanto, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, adiantou que o democrata ainda não sabe para onde mandar alguns prisioneiros.

Publicidade

A indecisão sobre o destino dos presos é um dos grandes obstáculos para o fechamento da prisão. A quantia vetada pelo Senado seria usada para realocação de 241 prisioneiros.

Cuba

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse ontem que a Organização dos Estados Americanos(OEA) não deve reintegrar Cuba até que a ilha promova reformas políticas, liberte prisioneiros políticos e mostre respeito aos direitos humanos.

Falando à Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, Hillary disse que a Carta da OEA exige dos membros adesão a padrões democráticos que Cuba não respeita.

"Qualquer esforço para a admissão de Cuba está nas mãos de Cuba. E eles precisam dar passos concretos nessa direção’’, afirmou.

Publicidade

O país foi suspenso da organização em 1962, três anos após a chegada de Fidel Castro ao poder. A reintegração deve ser defendida por vários países da região em cúpula no mês que vem.

No sentido inverso, 16 senadores (democratas e republicanos) apresentaram ontem proposta de eliminação de todas as restrições às viagens dos EUA para a ilha.