O Senado dos Estados Unidos submeterá a votação nesta terça-feira uma resolução bipartidária que exige a libertação "imediata e incondicional" do funcionário americano Alan Gross, preso em Cuba desde dezembro de 2009.
A resolução de duas páginas, à qual a Agência Efe teve acesso, pede a libertação de Gross e também exige "que o Governo de Cuba, enquanto isso, forneça todo o tratamento médico e diagnóstico apropriado" ao cidadão americano.
O documento reforça os argumentos do Governo dos EUA e da família Gross, que indicam que o funcionário americano foi a Cuba para "estabelecer redes sem fios e melhorar a internet e o acesso e a conexão de uma intranet para uma comunidade judaica, pequena, pacífica, não dissidente".
O texto acrescenta que Gross, de 63 anos, foi detido em 3 de dezembro de 2009 e detido sem acusações durante 14 meses. Posteriormente, foi acusado de empreender "ações contra a independência e a integridade territorial do Estado", indicou a resolução, apresentada pelos senadores Ben Cardin e Jerry Moran.
O documento também destaca a deterioração da saúde de Gross - que perdeu mais de 45 quilos - e o câncer irreversível que acomete sua mãe, de 90 anos. Segundo essa versão, o Governo de Cuba "negou as solicitações de Gross a uma avaliação médica independente".
Havana insiste que tem vontade de negociar a liberdade de Gross, condenado no país a 15 anos de prisão, mas diz que deve levar em conta as "preocupações humanitárias altamente sensíveis e de máxima importância para Cuba e seu povo".
Além disso, exige a libertação de cinco agentes cubanos que foram condenados em 2001 por cometer delitos nos EUA.
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