Um grupo bipartidário de senadores democratas e republicanos chegou ontem a um acordo para aumentar a checagem dos antecedentes dos compradores de armas seja em feiras, pela internet ou em qualquer circunstância envolvendo a venda. A medida abre caminho para a aprovação, no Senado, de uma proposta que aumenta o controle sobre armas ou de pelo menos parte dela.
A emenda proposta, no entanto, não cobre vendas entre indivíduos, a menos que haja propaganda ou seja feita pela internet. Hoje, os senadores devem começar a debater o projeto.
O acordo alcançado pelo senador democrata Joe Manchin e pelo republicano Patrick Toomey prevê uma checagem mais acurada do que a atual, mas é menos rigorosa do que a pedida pelo presidente Barack Obama, que desejavam que a verificação incluísse a maior parte das transações comerciais. Questões mais polêmicas como a proibição de venda de armas automáticas e os limites para a capacidade dos pentes de munição parecem ter poucas chances de serem aprovadas.
Ao anunciarem o acordo, Manchin e Toomey lembraram o massacre de Newtown, em dezembro, no qual 20 crianças e seis adultos foram assassinados por um jovem.
"Essa emenda não vai aliviar a dor das famílias que perderam seus filhos naquele dia terrível, mas ninguém com consciência poderia ficar sem fazer nada para evitar que outro dia como aquele volte a acontecer", disse Manchin.
A Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês), poderoso grupo lobista contrário à aprovação da lei, disse que aumentar a checagem dos antecedentes dos compradores "não vai evitar a próxima chacina, não resolverá a violência ou manter as crianças a salvo". A NRA pediu que o governo combata os grupos criminosos.