A oposição boliviana deu um passo a mais para aprofundar a crise no país. Na noite de terça-feira, o partido Poder Democrático e Social (Podemos) anunciou que sua bancada no Senado a maior da casa, com 13 dos 27 membros se recusará a trabalhar enquanto o governo não mudar sua posição em relação ao modo de se votar a nova Constituição do país. O presidente Evo Morales qualificou a manobra do Podemos como um "golpe institucional na democracia".
O Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo, impôs em setembro uma regra segundo a qual os artigos da nova Carta do país serão votados pela Assembléia Constituinte por maioria simples. A oposição denuncia a manobra como golpista, pois o MAS controla 54% dos votos da Assembléia, e quer a adoção da maioria qualificada, por dois terços dos votos.
