O Senado da Itália aprovou nesta quinta-feira a polêmica Lei de Segurança, em votação apertada e criticada pela oposição. O texto passou com 156 votos a favor e 132 contra. A oposição disse que a Lei é "racista". A legislação ainda precisará ser aprovada na Câmara. A Lei tem muitos pontos polêmicos. Ela permite que os médicos denunciem imigrantes clandestinos e legaliza as "patrulhas padanas", grupos de cidadãos que poderão vigiar as ruas das cidades.
Walter Veltroni, líder do Partido Democrático, o maior de esquerda, disse que "a ideia dos médicos policiais é desumana e racista". A central sindical CGIL, em declarações ao jornal milanês Corriere della Sera, disse que estuda convocar um movimento de desobediência civil.
Conforme a Lei, o estrangeiro que entra na Itália ou permanece no país de maneira clandestina comete um crime. Para ter a permissão de se estabelecer no país, o estrangeiro deverá pagar uma taxa entre 80 e 200 euros. O projeto foi apresentado pela Liga do Norte, um partido de direita que faz parte da coalizão de governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Cerca de quatro milhões de estrangeiros vivem atualmente na Itália. Estima-se que pelo menos 350 mil estejam em situação clandestina.
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