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Sinal verde

Senado italiano aprova mais um ano no Afeganistão

O Senado italiano deu sinal verde ao refinanciamento das missões militares de paz no exterior, entre elas a do Afeganistão. O refinanciamento por mais um ano das missões militares de paz foi aprovado com 180 votos a favor, dois contra e 132 abstenções.

O decreto apresentado pelo Governo de centro-esquerda contou com o apoio dos democrata-cristãos do UDC, que faz parte da oposição conservadora Coalizão Casa da Liberdade, enquanto se abstiveram os outros partidos que fazem parte do bloco: Forza Italia, Aliança Nacional e Liga Norte.

Um dos dois votos contras foram do senador comunista Franco Turigliatto, agora no grupo misto, que já havia anunciado sua oposição e que foi um dos dois que, com um voto contrário sobre política externa em fevereiro também no Senado, causou uma crise de Governo.

A abstenção da maior parte dos partidos da oposição se justificou, como já explicaram antes da votação, pelo fato de desejarem um aumento dos fundos dedicados à missão no Afeganistão para dar maior segurança ao contingente após a escalada de violência no país.

Após a votação, o ministro da Defesa da Itália, Arturo Parisi, disse à emissora Sky TG24 que estava "contente" por ter conseguido o refinanciamento. No entanto, criticou as abstenções dos conservadores, pois os militares em missões no exterior "precisam sentir por trás deles um país unido".

Parisi disse que "uma grande parte da Casa da Liberdade já se apartou deste compromisso" e afirmou que se manifestou a favor do mesmo decreto quando foi votado na Câmara dos Deputados.

O líder da UDC, Ferdinando Casini, por outro lado, justificou o apoio no fato de que o que estava "em jogo não era o governo Prodi, mas a missão dos soldados italianos no Afeganistão", em declarações à emissora pública Rai 3.

"Em toda Europa, a centro-direita não vota contra seus soldados, só acontece na Itália", disse Casini, em referência ao fato de as abstenções terem sido contadas como votos contrários no Senado.

Já Paolo Bonaiuti, porta-voz do líder da oposição, Silvio Berlusconi, afirmou que foram 155 os votos a favor procedentes das filas da coalizão de centro-esquerda, Coalizão União, não 158 que são os senadores que tem.

Bonaiuti disse que esses 155 votos "demonstram que não são auto-suficientes (Coalizão União), como de costume em política externa. Isto quer dizer que não estão legitimados para governar o país", afirmou.

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