O senador do Partido Democrata Robert Menendez e sua esposa, Nadine Menendez, foram acusados nesta sexta-feira (22) por procuradores dos EUA pelo crime de corrupção.
O Departamento de Justiça americano alega que o senador e sua esposa teriam aceitado subornos de empresários e do governo do Egito em troca do uso de sua influência política.
Robert Menendez, conhecido também como “Bob” Menendez, é membro do Senado americano desde 2006. Ele atualmente preside o Comitê de Relações Exteriores do Senado e é uma figura reconhecida dentro do Partido Democrata, bem como um aliado próximo do presidente dos EUA, Joe Biden.
As autoridades federais afirmam que o casal Menendez aceitou "milhares de dólares em subornos", que incluíam dinheiro vivo, barras de ouro, pagamentos para a hipoteca de sua residência, compensação por um "trabalho com requisitos mínimos" e até mesmo um veículo de luxo.
Os procuradores afirmam que esses subornos foram oferecidos para eles em troca do “uso do poder e da influência de Menendez” como senador para “proteger e enriquecer empresários e beneficiar o governo do Egito”.
Menendez, que é senador pelo estado de Nova Jersey, é acusado também de interferir na nomeação do novo procurador federal do estado. Os procuradores disseram que o objetivo por trás da interferência era favorecer um financiador de sua campanha.
O senador democrata também é acusado de exercer pressão sobre o Departamento de Agricultura americano para proteger um monopólio de negócios nos EUA de um contato seu que reside no Egito.
Esta não é a primeira vez que Menendez enfrenta acusações de corrupção. Em 2017, ele foi acusado de aceitar mais de US$ 600 mil (R$ 2,9 milhões) em contribuições políticas, hospedagem de luxo em Paris e voos gratuitos em jatos particulares em troca de favores políticos. No entanto, o julgamento do caso terminou em um impasse, e o senador foi absolvido das acusações em 2018.
Por meio de um comunicado divulgado nesta sexta, Menendez negou veementemente as acusações e disse que é alvo de uma “campanha difamatória”.
“Os excessos destes promotores são aparentes, os fatos não são como apresentados", disse.