O senador americano de origem cubana Marco Rubio ofereceu ajuda aos líderes do Black Lives Matter (BLM) para que "emigrem" para Cuba, em resposta a um comunicado do movimento antirracismo que atribuía a situação econômica crítica do país caribenho ao embargo comercial dos Estados Unidos.
"Meu gabinete está pronto para ajudar os líderes da organização Black Lives Matter a emigrar para #Cuba", escreveu Rubio, do Partido Republicano, no Twitter.
O comunicado da Fundação Global do BLM sobre a situação em Cuba, onde desde o último domingo têm acontecido protestos pacíficos que têm sido reprimidos pelas autoridades, foi mal recebido pela grande comunidade cubana que vive no sul do estado da Flórida.
Na quinta-feira, em uma manifestação de apoio aos protestos, uma mulher ergueu um cartaz com a mensagem "Cuban Lives Matter" ("vidas cubanas importam"), em clara referência à organização que denuncia a violência policial contra afro-americanos e ganhou mais força após a morte de George Floyd em 2020, provocada por um policial branco.
Políticos do sul da Flórida criticaram o comunicado divulgado pelo BLM no Instagram na quinta-feira e acusaram a organização de apoiar um governo que oprime pessoas que exerciam pacificamente seu direito à liberdade de expressão.
Segundo o BLM, os protestos em Cuba são uma consequência de "anos de embargo", uma política que a organização definiu como "tratamento desumano e cruel" dos EUA com o objetivo de "desestabilizar o país caribenho e minar o direito dos cubanos de escolher seu próprio governo".
A rede de televisão "NBC" pediu ao BLM que apresentasse argumentos, e a organização respondeu que o comunicado se baseia em seu "apoio inequívoco a Cuba" e na necessidade de ampliar as vozes dos cubanos negros contra a opressão que sofrem "de todos os agentes, incluindo os EUA".
"Somos inequivocamente solidários com o povo cubano contra a repressão e a violência por parte de agentes internos ou externos invisíveis", disse o BLM à emissora.
Congressista republicano pela Flórida, William Gregory Steube classificou como "lixo" o comunicado do BLM. "Uma organização comunista em defesa de outra. Estas pessoas (em Cuba) agitam bandeiras americanas e protestam contra um regime comunista brutal que as oprime há gerações", escreveu o político no Twitter.
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