John McCain, candidato republicano à presidência dos EUA em 2008| Foto: Karen Bleier/AFP

O senador republicano John McCain anunciou neste sábado (8) que retirava seu apoio à candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Na avaliação de McCain, que foi candidato à Casa Branca em 2008, é “impossível oferecer mesmo apoio condicional” ao companheiro de partido, depois do vazamento de uma gravação na qual Trump faz comentários chulos sobre mulheres.

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O presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, afirmou que os comentários vazados de Trump criaram “uma situação perturbadora”. Ryan não disse, porém, se acredita que o empresário deve retirar a candidatura.

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O também republicano Ryan disse que as declarações de Trump são “um elefante na sala”. Na sexta-feira veio a público uma gravação na qual Trump faz vários comentários chulos sobre as mulheres, o que levou vários companheiros de partido a contestá-lo publicamente.

Em comunicado, Ryan disse que estava “enojado” pela gravação de Trump de 2005, na qual Trump disse que beijava e tocava mulheres sem o consentimento delas, mas que elas acabariam cedendo porque ele era famoso. Trump e Ryan participariam juntos em um evento, em sua primeira aparição conjunta na campanha, mas o presidente da Câmara retirou o convite na sexta-feira após as declarações serem divulgadas.

Ryan declarou apoio a Trump no início de junho, após hesitar publicamente durante um mês. Na campanha, o presidente da Câmara tem alternado entre dizer que Trump é uma opção melhor que a candidata democrata, Hillary Clinton, e a condenar muitas declarações do colega de sigla.

Na Câmara, dois republicanos conservadores, os deputados Martha Roby e Bradley Byrne, disseram neste sábado que não poderiam mais apoiar Trump. O deputado Joe Heck, de Nevada, que concorre a uma vaga no Senado, disse que Trump deveria abandonar a disputa pela Casa Branca. Outro deputado, Tom Rooney, disse que tampouco apoiaria o candidato de seu próprio partido.

Pré-candidata republicana à presidência, Carly Fiorina disse que Trump deveria desistir. Os senadores Mike Crapo, de Idaho, e Kelly Ayotte, de New Hampshire, também retiraram seu apoio ao candidato depois do escândalo.

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