Senador John McCain vai lançar comitê para explorar possibilidade de disputar presidência

A ala mais intelectual do Partido Republicano o queria ver na presidência americana em 2000, mas ele perdeu a indicação para George W. Bush. Agora, o senador do Arizona John McCain, que está em seu quarto mandato, se prepara para novamente tentar disputar a presidência dos Estados Unidos. Ele deverá lançar, na semana que vem, um comitê de exploração das suas possibilidades, segundo gente ligada a ele, citada pela agência Associated Press, depois que a rede ABC descobriu a iniciativa.

Ele disse á rede de TV que ainda não se decidiu. Mas a AP afirma que uma conta bancária já foi aberta para custear o comitê. A decisão será tomada até o fim do ano, diz a agência, citando assessores dele que pediram para não serem identificados.

Um comitê preliminar permite arrecadação de dinheiro para que ele viaje pelo país adentro, fazendo contatos para tomar efetivamente a decisão de disputar a indicação do partido.

Ex-deputado federal de um mandato, McCain é um herói da Guerra do Vietnã. Ele era piloto da Marinha e foi capturado em 1967, tendo ficado preso durante cinco anos e meio, sob torturas e humilhações rotineiras.

Em 2008, quando acontecerá a eleição, ele terá completado 72 anos de idade. Saúde pode ser um fator decisivo. Somente o presidente Reagan, em seu segundo mandato, arriscou entrar numa corrida eleitoral nesta idade - ele tinha 73 anos quando foi reeleito. McCain teve várias lesões de câncer removidas de sua pele.

McCain, apesar de republicano, por mais de uma vez votou contra questões apoiadas por seu partido, criando assim a reputação de independente.

Depois da derrota eleitoral desta semana, ele disse que a mensagem partidária deve ser o retorno aos valores conservadores: menos impostos, menos Estado, mais defesa, maior valorização dos valores comunitários e familiares, entre outros.

McCain, se quiser disputar a indicação, vai enfrentar dois senadores e dois governadores e aquele que pode ser a surpresa de 2008: o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, o chamado "prefeito da América", por causa da reputação reconstruída graças à sua atuação no 11 de Setembro.