O senador norte-americano Edward (Ted) Kennedy, uma das principais lideranças do Partido Democrata que assumiu o comando de uma das famílias políticas mais importantes dos EUA após os assassinatos de seus dois irmãos mais velhos, morreu aos 77 anos, na noite de terça-feira (25), início da madrugada desta quarta (26) no Brasil.
"Edward M. Kennedy, o marido, pai, avô, irmão e tio que nós amávamos tão profundamente, morreu tarde da noite na terça-feira, em casa, em Hyannis Port (Massachusetts)", informou a família Kennedy em comunicado nesta quarta-feira.
Um dos senadores mais influentes e há mais tempo no Congresso na história dos EUA -- um porta-bandeira liberal que também era conhecido como um negociador político perfeito -- Kennedy lutava contra um câncer no cérebro, que foi diagnosticado em maio de 2008.
Sua morte marca o crepúsculo de uma dinastia política e representa um baque para os democratas, que tentam responder ao pedido do presidente Barack Obama por uma grande reforma no sistema de saúde dos EUA.
Kennedy era um dos principais defensores da reforma da saúde, uma das marcas do governo Obama. O presidente disse nesta quarta-feira que estava de coração partido com a notícia da morte de Kennedy, que foi fundamental para sua vitoriosa campanha presidencial.
"Eu estimava seu conselho sábio no Senado, onde, independente do turbilhão de eventos, ele sempre tinha tempo para um novo colega. Eu lembro de seu apoio e confiança em minha disputa presidencial. E mesmo enquanto ele lidava com uma doença mortal, eu tirei proveito como presidente de sua sabedoria e coragem", disse Obama, que foi eleito em novembro do ano passado e tomou posso em janeiro.
Conhecido como "Ted", ele era irmão do presidente John Kennedy, assassinado em 1963, do senador Robert Kennedy, morto por um tiro enquanto disputava a nomeação para a presidência na eleição de 1968, e de Joe Kennedy, um piloto morto na 2a Guerra Mundial.