La Paz (Folhapress) O ensaio de aproximação diplomática entre os Estados Unidos e a Bolívia de Evo Morales sofreu um forte revés ontem, com a descoberta da decisão norte-americana de revogar o visto de entrada no país da senadora Leonilda Zurita, considerada uma das colaboradas mais próximas do novo presidente boliviano. O motivo é a suposta vinculação dela com "atividades terroristas.
Assim como Morales, Zurita foi dirigente do movimento cocaleiro da região do Chapare. Na notificação à senadora, o governo norte-americano evocou medidas contra suspeitos de manter ligações com "atividades terroristas ou que pudessem tentar se envolver em atividades que poderiam colocar em risco o bem-estar e a segurança dos Estados Unidos. "Esses fatos representam uma discriminação e uma humilhação contra o nosso país, disse a senadora, ao negar todas as acusações.
No final dos anos 1990, Zurita foi acusada de ter participado do assassinato de um policial e de sua esposa na região do Chapare. Ela negou o envolvimento e conseguiu demonstrar que estava viajando quando o crime ocorreu. A notificação foi divulgada um dia depois de o porta-voz do Departamento de Estado Adam Ereli dizer que as relações entre os dois governos tiveram "um início positivo no primeiro mês da gestão Morales, completada ontem.