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Barack Obama em cerimônia ocorrida ontem, na Casa Branca | Larry Downing/Reuters
Barack Obama em cerimônia ocorrida ontem, na Casa Branca| Foto: Larry Downing/Reuters

O que é

Um grupo bipartidário de senadores dos EUA fechou acordo para uma proposta de reforma migratória no país.

Resposta

As medidas respondem ao aumento da influência dos latinos na política nacional e mostram uma cessão dos republicanos à questão dos imigrantes ilegais. Segundo os resultados finais da eleição de novembro, 71% dos chamados hispânicos votaram no presidente Barack Obama, que é democrata.

Autorização

O projeto de oito senadores prevê que imigrantes ilegais sejam autorizados a fazerem os trâmites para pedir a residência permanente. Com isso, os estrangeiros deverão fazer o pedido ao governo e pagar uma multa pela invasão para conseguir a residência e a permissão para trabalhar.

Espera

Atualmente, os indocumentados são obrigados a esperar o fim do processo judicial pela entrada ilegal para poderem solicitar a residência. No período, eles são sujeitos à deportação.

Grupo

Com a nova medida, pelo menos 11 milhões de pessoas poderão ter a sua situação regularizada. Cerca de 40% dos imigrantes que entraram ilegalmente aos EUA o fizeram com vistos de turistas.

Reforço

Porém, as medidas que vão facilitar o processo do visto permanente só serão autorizadas após o reforço da segurança nas fronteiras, com o aumento no número de agentes e aviões não tripulados que vigiam as áreas divisórias, em especial com o México.

A maior

Caso confirmada, será a maior reforma migratória desde 1986, quando o presidente Ronald Reagan anistiou mais de 3 milhões de indocumentados.

Nomes

O grupo é formado pelos senadores republicanos John McCain, Jeff Flake, Lindsey Graham e Marco Rubio e os democratas Charles Schumer, Dick Durbin, Michael Bennet e Robert Menedez.

Fonte: Folhapress

Um grupo de senadores democratas e republicanos chegou ontem a um acordo sobre a polêmica reforma migratória nos EUA. Segundo um documento de cinco páginas divulgado à imprensa, oito parlamentares fizeram parte das negociações, que deram origem a uma proposta para garantir a cidadania à parte dos 11,2 milhões de imigrantes ilegais no país e estabelecer medidas mais rigorosas nas fronteiras.

De acordo com um anúncio preliminar, o grupo revelaria detalhes do plano ainda ontem, em uma conferência no Capitólio, sede do congresso dos EUA, que não havia ocorrido até o fechamento desta edição.

Hoje, o presidente Barack Obama também deve revelar sua proposta em Las Vegas, marcando o início das discussões do tema. O presidente pretende usar a viagem para "redobrar os esforços e fazer da reforma de uma imigração abrangente, uma realidade", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

A sugestão dos senadores inclui um maior número de garantias de cidadania aos imigrantes que já estão nos EUA – em certos casos perante pagamento de multa. No entanto, ela vai depender de decisões para estreitar a fronteira, mais leis que garantam que estrangeiros deixem o país de acordo com o tempo determinado em seus vistos. Pessoas jovens levadas ao país quando crianças e trabalhadores do setor de agricultura teriam mais facilidade na obtenção da cidadania.

Outra proposta é que imigrantes que obtenham desempenhos notáveis que universidades de ciências, matemática, tecnologia e engenharia ganhem vistos de permanência nos EUA. A nova legislação também visa a impor uma maior fiscalização de empresas para coibir a contratação de imigrantes ilegais.

A imigração

Um tema controverso nos EUA. Nos últimos três anos, estados com forte presença latina, como o Arizona, aprovaram leis repressivas que incentivam a caça aos ilegais. No entanto, nas últimas eleições, 71% dos latinos votaram em Obama, o que demonstrou a importância social da promessa da reforma migratória e chamou a atenção dos republicanos.

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