Senegal fechou sua fronteira com a Guiné para evitar que chegue a seu território o um surto de ebola ocorrido no país vizinho, onde o vírus matou 66 pessoas nos últimos dias, informou neste domingo a Agência de Imprensa Senegalesa (APS).
"Por motivo da febre hemorrágica ebola, que faz estragos na Guiné, as fronteiras das regiões de Kolda (no sul do país) e de Kedougou (sudeste) com este país vizinho serão fechadas até novo aviso", diz um comunicado do governo senegalês.
Os governadores dessas regiões tomaram todas as medidas necessárias para o bloqueio de fronteiras, incluindo o fechamento do comércio na região sul do Senegal, que costumam atrair vendedores procedentes da Guiné.
A ministra da Saúde, Awa Marie Coll Seck, anunciou na segunda-feira passada a ativação do alerta epidemiológico em todo o território nacional e de forma permanente.
Desde o início do surto, Guiné registrou 103 casos de pessoas contaminadas pelo vírus, das quais 66 faleceram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os primeiros sintomas do ebola são febre repentina, fraqueza intensa, dores muscular, de cabeça e garganta, vômitos, diarreias, hemorragias, insuficiências renal e hepática, entre outros.
O vírus é transmitido por contato direto com o sangue e os fluidos e tecidos corporais das pessoas ou animais infectados. O ebola, que causou várias mortes na África nos últimos anos e é uma ameaça para a saúde global, é considerado também um possível agente de guerra biológica.