Ele está entre os mais conhecidos senhores da guerra do Afeganistão, acusado de amplos abusos, incluindo o massacre de milhares de prisioneiros do Taleban. Agora, ele está de volta, reempossado pelo presidente Hamid Karzai num alto posto do Exército, apesar das exigências do Ocidente por amplas reformas no governo.

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Neste mês, Karzai recolocou, no cargo de chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o general Abdul Rashid Dostum. Ele perdera o posto em 2008 porque não cooperou com as investigações sobre disparos feitos contra um rival.

Embora o cargo represente pouco poder real, autoridades ocidentais e grupos de direitos humanos afegãos veem a indicação como um sinal de que Karzai continua incapaz de se desfazer de suas ligações com os senhores da guerra e com poderosos regionais apesar da pressão internacional para um novo começo, enquanto os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intensificam a guerra contra o Taleban.

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O ministro de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, David Miliband, disse segunda-feira que vai pressionar Karzai a cancelar a nomeação quando se encontrar com o líder afegão durante a conferência internacional sobre o Afeganistão, nesta semana, em Londres.

"Como temos lembrado repetidas vezes, os Estados Unidos mantém suas preocupações sobre qualquer papel de liderança do o senhor Dostum no Afeganistão de hoje", disse a porta-voz da embaixada norte-americana, Caitlin Hayden.

Dentre outras objeções, os críticos temem que a nomeação envie um sinal errado para o Taleban num momento em que o governo se prepara para oferecer aos militantes incentivos econômicos para que abandonem a insurgência, um programa que deve ter destaque na conferência de Londres.

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