A condenação de Silvio Berlusconi por acusações relacionadas à prostituição de menores abriu um capítulo imprevisível para o frágil governo de coalizão da Itália, no momento em que sinais de incerteza voltaram aos mercados financeiros da zona do euro.

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O líder do partido de centro-direita Povo da Liberdade (PDL) que, aos 76 anos, já luta contra a pena de prisão de quatro anos e a proibição de ocupar cargos públicos por fraude fiscal, deve se reunir com o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, para discussões nesta terça-feira.

Sua reação furiosa à "inacreditável" sentença de sete anos emitida na segunda-feira por pagar por sexo com a então adolescente dançarina Karima El Mahroug, conhecida como "Ruby", e por abuso de poder para encobrir o caso, sugere um tempo difícil à frente. Embora ele não deva retirar o apoio à coalizão de Letta, pelo menos por agora, as tensões que já existem sobre a política econômica tendem a aumentar, elevando o risco de que até mesmo reformas modestas fiquem paradas.

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O PDL, de Berlusconi, e o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, de Letta, já estão em desacordo sobre a demanda de centro-direita para a retirada de um imposto habitacional introduzida pelo ex-primeiro-ministro Mario Monti, apesar da pressão sobre as finanças públicas e a necessidade de se manter dentro dos limites de endividamento da União Europeia.