A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, condenada em dezembro| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni
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O Tribunal Oral Federal 2, que condenou a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a seis anos de prisão em dezembro, divulgou nesta quinta-feira (9) que a fraude que resultou na sentença é "um grave ato de corrupção sem precedentes" no país. "Estamos falando de uma das maiores afetações do patrimônio estatal judicialmente comprovadas na história de nosso país", indicou a corte, ao publicar os argumentos da sentença, de 1.616 páginas.

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O tribunal também classificou como "clichê" a defesa da presidente argentina entre 2007 e 2015, que afirmou que o processo é uma expressão concreta de 'lawfare' (guerra jurídica) travada por opositores, o Poder Judiciário e alguns veículos de imprensa.

Os juízes do caso consideraram Kirchner como uma das autoras do crime investigado e com uma "participação fundamental" nas irregularidades na concessão de 51 obras públicas ao empresário Lázaro Báez durante o governo do marido Néstor Kirchner, morto em 2007, e no dela, na província de Santa Cruz.

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A sentença faz referência ao teor das contribuições de Kirchner à fraude empreendida, ao papel preponderante que ela desempenhou na tomada das decisões essenciais para sua execução e ao "poder sem precedentes que desfrutou para influenciar cada canto do Estado que interferiu no plano".

Além disso, destaca-se "o já mencionado interesse pessoal que sustentava toda a máquina montada para o desvio de fundos públicos".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]