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Brasil

Comunidade ucraniana do Paraná recebe apoio de senadores em Brasília

Da Redação

Representantes da comunidade ucraniana do Paraná estiveram ontem em Brasília, buscando o apoio de deputados e senadores pelo fim dos conflitos no país. Eles participariam de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Congresso, mas o evento foi cancelado. Apesar do cancelamento, eles se reuniram com alguns senadores, junto aos quais conseguiram apoio à causa ucraniana.

Os ucranianos se reuniram com os senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Suplicy (PT-SP), Ana Amélia (PP-RS) e Alvaro Dias (PSDB-PR). O paranaense prometeu convocar uma audiência pública para discutir a crise na Ucrânia e encaminhar ao governo brasileiro um pedido de apoio à causa ucraniana.

Decepção

"A comunidade ucraniana ficou extremamente decepcionada com a postura do governo brasileiro, que se absteve na ONU e votou contra a Ucrânia na Unesco. Mas estamos trabalhando para que haja uma postura mais firme", disse a embaixatriz da Ucrânia no Brasil, Fabiana Tronenko.

Separatistas hastearam a bandeira russa em veículos blindados tomados do Exército ucraniano ontem, humilhando uma operação do governo de Kiev para recapturar cidades do leste controladas por partidários de Moscou.

Seis blindados para transporte de tropas foram levados para Slaviansk, cidade tomada pelos rebeldes, aos acenos e gritos de "Rússia! Rússia!". Não ficou claro de imediato se os veículos foram capturados pelos rebeldes ou entregues a eles por desertores ucranianos.

Outros 15 veículos iguais repletos de paraquedistas foram cercados e detidos por uma multidão pró-Rússia em uma cidade perto de uma base aérea. Eles tiveram permissão de se retirar apenas depois que os soldados entregaram os pinos de disparo de seus rifles a um comandante rebelde.

Fraqueza

O revés militar demonstra a fraqueza de Kiev na véspera da conferência de paz de hoje, quando o ministro das Relações Exteriores irá encontrar suas contrapartes da Rússia, dos Estados Unidos e da Europa em Genebra, na Suíça.

Moscou reagiu à deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, seu aliado, em fevereiro, anunciando seu direito de intervir militarmente para proteger falantes de russo da ex-União Soviética, uma nova doutrina que subverteu décadas de diplomacia pós-Guerra Fria.

A Rússia anexou a península da Crimeia, região da Ucrânia, no mês passado, e seus apoiadores armados tomaram controle de áreas no coração industrial do leste do país. A potência vizinha ainda reuniu milhares de soldados perto da fronteira ucraniana.

Otan

A Organização do Tratado do Atlântico Norte diz haver 40 mil soldados russos reunidos na fronteira, forças que poderiam tomar o leste da Ucrânia em questão de dias.

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