Manifestantes pró-independência da Catalunha foram para as ruas de Barcelona nesta quarta| Foto: LLUIS GENEAFP

Sindicatos separatistas da Catalunha convocaram uma greve nesta quarta-feira (8) contra o quadro político no país. O Serviço Catalão de Tráfego informou pela manhã que mais de 50 vias foram afetadas pelos protestos dos grevistas, muitos deles nos acessos para grandes cidades da região, incluindo a capital regional, Barcelona.

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A operadora nacional de trens, Renfe, informou que havia composições paradas em dezenas de linhas locais, após manifestantes ocuparem essas vias. Também houve atrasos ou desvios nos trens de alta velocidade.  

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Os sindicatos separatistas protestam contra a intervenção das autoridades centrais da Espanha na Catalunha. Partidos políticos e grupos civis também pediram aos trabalhadores que se reunissem ao meio-dia nas principais cidades e novamente à noite para protestar contra a prisão de ex-membros do governo destituído da Catalunha, liderado por Carles Puigdemont, que foi para a Bélgica.  

O premiê belga, Charles Michel, se recuou a comentar as ações políticas de Puigdemont, com o argumento de que o caso dele deve ficar a cargo apenas das autoridades judiciais. Michel foi alvo de críticas de legisladores pelo modo como lida com a crise catalã e com o envolvimento da Bélgica no caso, após Puigdemont ir para Bruxelas. 

O ex-líder regional e quatro de seus aliados enfrentam pedidos de extradição para a Espanha. Michel disse que o governo da Espanha continua a ser um parceiro. "Nós temos um interlocutor e é o governo em Madri. É a Espanha", comentou.  

O premiê espanhol, Mariano Rajoy, disse nesta quarta-feira que as eleições do próximo mês na Catalunha devem abrir "uma nova era política" na região, com a volta à normalidade e o respeito às leis nacionais. O líder conservador defendeu a intervenção de seu governo, após o governo local tentar decretar a independência. 

Rajoy destituiu autoridades separatistas catalãs, que enfrentam agora possíveis acusações por rebelião, entre outras, e dissolveu o Parlamento regional, além de convocar eleições antecipadas na região para 21 de dezembro.

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Com informações da Associated Press.