O líder separatista pró-Rússia Alexander Zajarshenko anunciou nesta segunda (2) que pretende mobilizar nos próximos dias ao menos 100 mil soldados para combater o Exército ucraniano em Donetsk, no leste do país.
Houve uma escalada da violência entre as partes nas últimas semanas e não há previsão de cessar-fogo. As negociações de paz que estavam sendo feitas na capital bielorrussa Minsk foram abandonadas no sábado (31), após mútuas acusações de "sabotagem".
Em setembro, separatistas e ucranianos assinaram um cessar-fogo e um plano de 12 pontos para a paz. Porém, o acordo nunca chegou a ser cumprido. No sábado e domingo (31 e 1º), ao menos 15 civis morreram e 42 ficaram feridos em ataques do Exército ucraniano em Donetsk, segundo autoridades separatistas.
Mais de 5 mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde abril de 2014, segundo informações das Nações Unidas. Centenas de milhares também tiveram que se refugiar. O conflito teve início após a anexação da Crimeia pela Rússia, em resposta à destituição do presidente apoiado por Moscou em Kiev.