Os separatistas pró-Rússia vão organizar boicotes em 15 das 32 zonas eleitorais existentes nas regiões de Donetsk e Lugansk, controladas por eles, durante as eleições legislativas que serão realizadas no domingo na Ucrânia.

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Segundo a agência "Unian", a Comissão Eleitoral informou neste sábado que sequer imprimiu as cédulas para essas zonas, que incluem as capitais de ambas as regiões, onde um maior número de eleitores é convocado às urnas.

Também não poderão votar os ucranianos que moram nas localidades de Gorlovka e Makeevka, dois dos principais redutos rebeldes em Donetsk. Da mesma forma, os boicotes ocorrerão em Krasnodov, Krasni, Luch e Alchevsk, todas em Lugansk.

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O exército ucraniano garantirá o direito à voto em 11 das 21 zonas eleitorais de Donetsk (correspondentes à 3,3 milhões de eleitores) e em cinco das 11 de Lugansk (1,7 milhões de eleitores).

Cerca de 50 mil soldados e membros da Guarda Nacional serão encarregados de assegurar a votação nas zonas de conflito. No resto do país, mais de 100 mil policiais têm a responsabilidade de manter a ordem pública durante as eleições de domingo.

Somadas aos problemas nas 12 zonas eleitorais da Crimeia, território anexado pela Rússia em março, os ucranianos só poderão escolher 423 dos 450 da Rada Suprema (parlamento do país).

Os separatistas pró-Rússia anunciaram há semanas a intenção de boicotar as eleições legislativas nos territórios sob seu controle, onde convocaram para o dia 2 de novembro seu próprio pleito para escolher os integrantes do Soviete Supremo.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, pediu hoje que a população compareça em massa nas eleições legislativas de amanhã para defender a independência do país frente à ameaça russa.

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"Devemos receber uma autêntica expressão da vontade popular. O que realmente quer o povo? Uma miséria quase colonial ou a independência do país e a prosperidade? A capitulação perante o império (russo) ou o Estado ucraniano?", questionou.

O chefe do governo e líder da Frente Popular disse que o direito de voto livre custou à Ucrânia "muitas vítimas". Ele garantiu que as autoridades darão segurança aos eleitores e a manterão a lisura do pleito. Quase 37 milhões de ucranianos devem comparecer às urnas nas eleições do domingo.

O governo russo disse nesta semana que reconhecerá os resultados das eleições legislativas na Ucrânia, mas também defendeu a realização do pleito nos territórios separatistas no próximo dia 2 de novembro, atitude condenada pelo Ocidente.