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Paraguai

Seqüestradores do líder da seita Moon podem estar em Foz

Suspeitos de terem orquestrado o seqüestro do empresário Hirokazu Ota, líder da seita do reverendo Moon no Paraguai, o brasileiro Valdecir Pinheiro dos Santos e o paraguaio José González Ocampos podem estar escondidos em favelas de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira. A informação está sendo cogitada pelas autoridades policiais do país vizinho.

Ota foi mantido em cárcere por 19 dias, junto com o policial Rafael Ramos Balmori e a namorada, a professora Nancy Gimenez. Os três foram libertados logo após os seqüestradores terem a confirmação do pagamento do resgate de US$ 138 mil (R$ 295 mil). Eles foram deixados na rodovia que liga Minga Guazú a Ciudad del Este, a cerca de 250 quilômetros de onde a polícia imaginava ser o cativeiro das vítimas.

O rumo das investigações e os detalhes repassados por Ota à Divisão Antiseqüestro da Polícia Nacional do Paraguai dão conta de que o esconderijo ficava nas proximidades de um aeroporto. O religioso relatou aos investigadores que durante todo o dia ouvia aeronaves que pareciam estar em baixa altitude. Para os policiais, este pode ser um indicativo de que o grupo estava concentrado em algum bairro vizinho ao Aeroporto Internacional Guarani, em Minga Guazú.

Assim que finalizaram o seqüestro, os acusados – pelo menos sete tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça paraguaia – teriam cruzado a fronteira de barco pelo Rio Paraná, podendo ter ingressado na Argentina ou no Brasil. "As últimas informações nos levam a acreditar que estejam protegidos por outros marginais no Brasil", afirma o comissário Hermes Enrique Argaña.

Do lado brasileiro, quase toda a extensão das margens dos rios Iguaçu e Paraná é tomada por favelas de onde as quadrilhas controlam o tráfico de drogas na fronteira. A fiscalização e o monitoramento escassos nesses pontos facilitam a atuação dos traficantes e dos bandidos.

Os envolvidos no seqüestro teriam se valido do "passe livre" e da proteção de bandidos que chefiam as ações na região para se esconderem na chamada Favela do Queijo. De acordo com a polícia, o bando é formado por brasileiros, paraguaios e argentinos, mas não descarta a participação de outros estrangeiros. Até o momento, a polícia brasileira não foi contactada oficialmente para cooperar nas investigações.

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