Bagdá – Um grupo rebelde iraquiano seqüestrou 18 funcionários do Ministério do Interior do país e divulgou ontem um vídeo dos reféns que foi exibido pela emissora de tevê árabe Al-Jazira e na internet. Horas mais tarde, 14 corpos foram encontrados em Diyala, ao norte de Bagdá, e suspeita-se que os mortos façam parte do grupo de reféns.

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No vídeo, os rebeldes, que dizem pertencer ao grupo rebelde Estado Islâmico do Iraque, davam ao governo iraquiano 24 horas para atender a duas exigências e diziam ter promovido o seqüestro em resposta ao recente estupro de uma mulher sunita em Bagdá. Os seqüestradores exigiam a libertação de todas as mulheres iraquianas detidas e queriam que os três oficiais do Exército absolvidos pelo estupro de uma mulher sunita fossem entregues ao grupo.

O seqüestro é mais um desdobramento do escândalo iniciado com o estupro de Sabrin al-Janabi, de 20 anos. Em fevereiro ela apareceu diante das câmeras de tevê e denunciou ter sido violentada por três oficiais do Exército iraquiano, aparentemente xiitas. O premier xiita Nouri al-Maliki abriu uma investigação-relâmpago. No dia seguinte à denúncia, um exame de corpo de delito no qual não aparecia o nome da paciente alegava que a mulher não havia sido estuprada. Com base nesse laudo, o governo homenageou os oficiais que tinham sido acusados.

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